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Indústria discute agenda da descarbonização

Governo de SC, SENAI-SC, LuxCs e SCGás apresentaram as ações em curso, com foco na economia de baixo carbono. Encontro foi promovido pela FIESC, nesta quinta-feira, dia 26

Florianópolis, 26.10.2023 – A agenda da descarbonização foi discutida em reunião conjunta das câmaras da Agroindústria, Energia, Florestal, Meio Ambiente e Sustentabilidade e Transporte e Logística da FIESC. No encontro, realizado nesta quinta-feira, dia 26, representantes do governo de SC, SENAI-SC, LuxCs e SCGás apresentaram as ações em curso, com foco na economia de baixo carbono.

“Hoje, com as câmaras reunidas, continuaremos a discussão da gestão de carbono. É um tema que está na pauta da indústria. Recentemente, foi aprovado no Senado legislação sobre a gestão de carbono no Brasil. Toda a empresa que emite mais de 10 mil toneladas por ano de gases de efeito estufa vai precisar reportar a uma agência que será criada e fará a gestão de carbono das empresas”, explicou o presidente da Câmara de Meio Ambiente, José Lourival Magri, que coordenou a reunião. Ele ressaltou que taxação de carbono e comércio de carbono estarão na pauta da Conferência do Clima, a (COP 28), que será realizada nos Emirados Árabes Unidos, de 30 novembro a 12 dezembro.

O engenheiro agrônomo da Epagri, Humberto Bicca Neto, apresentou o Plano Estadual ABC+SC 2020-2030, com foco na descarbonização das cadeias produtivas catarinenses. O projeto pretende gerar um potencial de mitigação de emissões de 86,78 milhões de toneladas de carbono – o que equivale a um investimento de US$ 4 bilhões até 2030. O plano tem como eixos orientadores o enfrentamento dos impactos adversos da mudança do clima, o aumento da resiliência no meio rural e a sustentabilidade do setor agropecuário. É uma iniciativa do governo catarinense em conjunto com a iniciativa privada. 

O presidente da SCGás, Otmar Josef Müller, disse que o gás natural, há décadas, vem contribuindo com a mitigação dos gases de efeito estufa. “Desde 2000 a companhia está presente em Santa Catarina e se empenha na busca de fontes renováveis aditivas ao gás natural”, explicou. Outra iniciativa da distribuidora é a abertura de editais de chamada pública para a contratação de biometano.  

Charles Leber, do Instituto SENAI de Tecnologia, destacou que as ações de descarbonização se iniciam com a elaboração de inventários de gases de efeito estufa, que permitem mensurar e estabelecer metas de redução. A entidade usa a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol. 

Pedro Kraus, presidente da LuxCs, abordou como funciona a certificação de créditos de carbono no mercado voluntário de crédito e abordou a regulamentação brasileira na área.

Mercado de crédito de carbono: é o sistema de compensações de emissão de carbono ou equivalente de gás de efeito estufa. Isso acontece por meio da aquisição de créditos de carbono por empresas que não atingiram suas metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) daqueles que reduziram as suas emissões.

No caso dos mercados regulados, há interação entre os setores regulados nesse sistema que podem comprar e vender emissões de GEE (de acordo com permissões estabelecidas em regulamento). Já o mercado voluntário permite que empresas, ONGs, instituições e governos assumam a responsabilidade de compensar as próprias emissões, comprem créditos de carbono de projetos de terceiros que resultem na redução efetiva das emissões ou captura de carbono.

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